sábado, 3 de dezembro de 2011

Tudo que sobrou

uma cidade enfraquecida pelo dinheiro...
posta de costas contra o bueiro
que engole lentamente a alma das pobres pessoas
que denfinem o mau como a vida boa...
se situa e entoa o eco do desperdicio...
crescendo raiva e orgulho nos trilhos
esquecendo qualidades que não temos
e não buscando o pouco que somos
em meio ao que tememos...

a chuva cai em São Paulo, nuvens cinzas carregadas de remorsos
enquanto os moradores fazem crack de seus ossos...
tragando a realidade em meio as alucinações...
cheias de vaidade, inveja e ambições.

e ela me disse que refletia de minhas atitudes...
pobre puta nóia, me orgulho do que sou e não há quem mude...
deveria ser grata pelo sentimento que não merecia...
deu muito pouco por tudo que recebia.

lutei com todas minhas forças contra o destino
e tudo o que eu queria era diferente...
foda-se, o tempo passa pra todos e pra gente... é igual.
tentei ser merecedor, confiante e tal.
enfim, errando eu aprendi e me convenci
que o melhor de minha vida, ainda não vivi.
e essa chuva lava a rua, a calçada...
a paixão doentia, podre e retardada.

com cuidado, observando e absorvendo vou...
aprendo com os erros e o pouco que sobrou.
enquanto me enganava tentei o melhor, mas o fim foi eminente
e enfim, não éramos mais tão diferentes...

quem muito sabe, fica calado...
e antes só do que mal acompanhado.
no fim do labirinto achei eu próprio
enquanto você transformava o sentimento em ódio.
escolhas, cada um sabe o que é melhor pra si.
agora eu to viajando, não quero repetir.
esquece o que passou e siga enfrente
o passado não se apaga e a vida é crescente.
e no fim, será que valeu a pena
ter idéias novas ou ser engolido pelo sistema?
que cena...
as idéias transbordam na mente que brisa temas medonhos.
putas, grana, foda-se tudo, eu persigo sonhos.
enganos enquanto estamos esquivando
dando, recebendo, tirando, ganhando.
e enfim é assim... agora eu sei o que é melhor pra mim.

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