domingo, 19 de fevereiro de 2012

Rorschach

 Nota de Rorschach...

" Dormi o dia todo, acordei às 16:37, com a senhoria reclamando do cheiro. Ela tem cinco filhos de cinco pais diferentes, deve enganar a previdência social. Logo vai anoitecer, e lá embaixo a cidade grita como um matadouro cheio de crianças retardadas. O crepúsculo fede a fornicação e más consciências. Sinto-me deprimido. A cidade está morrendo de hidrofobia. Será que só eu consigo limpar a baba da sua boca? Jamais se desesperar, jamais se render. Deixo as baratas humanas discutindo heroína e pornografia infantil. Ninguém liga, ninguém além de mim. Será que eles estão certos? Logo vai haver guerra. Milhões vão queimar, milhões vão perecer de doença e miséria. Por que se importar com uma morte? Porque existe o bem e o mau, e o mau tem de ser punido. Mesmo à beira do fim isso não vai mudar. Mas muitos merecem punição... E há tão pouco tempo. "

Ao mar.


Segure firme em minha mão, a maré vai virar.
O sol me guia ao horizonte, vê?
Lá no farol é onde iremos descansar.

E os próximos verões? Onde estaremos?
Onde vão os leões quando se fecham os portões?
A luta, por vivermos.
Me dê sua mão, fecha os olhos e oremos.

Desse mar eu levarei a saudade
E o gosto salgado de tentar
E não realizar.
Tarde eu percebi?
Sei lá. A perspectiva era bem diferente daqui.

Nos resta continuar a remar, até alcançar o sol
Pois jamais me esquecerei daquele velho farol
Onde descansam nossos sonhos
O que imaginamos e de tudo o que fomos.

Clássico


Cansado como o tempo que insiste em bater
As horas demoram mais do que posso compreender
Enfim, assim sei que dei o melhor de mim
E os erros do passado serviram, cresci.

Enquanto procuro descansar a minha mente
Vem a tona os pensamentos que de longe
Não insistiam em voltar, e o seu olhar?
Não paro e nem posso, pois o céu faz o tempo voar.

Talvez seja melhor assim
Tanto pra vocês quanto pra mim.
E eu já não me contento mais com o óbvio
É lógico, eu também cresci por ódio.

Todos os dias ao acordar tento me lembrar de como mudar
É quando a fumaça me faz sonhar.
Esqueço, penso, minto pra mim mesmo
E repito:
“Será que estaria melhor você aqui comigo?”

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Tudo Que é Seu

um tombo não é nada pra me manter no chão
quando você se levanta, é diferente não?
tenta acabar mas não foi dessa vez não.
os coitados choram de braços cruzados fazendo fumaça pra não esquecer
as qualidades perdidas que ninguém vê.
mas alguma dignidade tem, ele tem...
não pede por ninguém porque ninguém vem.
tão entediado quanto se vê
uma critica fudida pra você me entender... porra
a puta vai pra você não mais ter, troxa.
eu tive um dia e a sopa terminou com mosca.
preta fosca, é, tão boa...
acenou e cuspiu a porra toda da boca.

eu sou um mestre... e agora quero por inteiro
foda-se o que ela pensa, não tenho mais dinheiro.
ela queria mais, droga sortuda atrás
puta não réla em mim ou seu corpo aqui jaz.
você pega a culpa, joga em mim e julga
você não vale mais do que alguém que dá na rua.
sexo por dinheiro, suas amigas fazem certo.
uma porra louca matando o meu tédio.
cheio de ódio e me aquecendo no inverno.
só volta por Dezembro
pedindo sentimentos que eu jamais me lembro.
sorriso pra caralho e morto por dentro.
amargura vasta, antes anjos agora monstros.
crueldade feliz você quis, compreende?
eu me esqueci de você faz tempo.
minha memória não volta nem fudendo.
passado enterrado mais uma vez...
hidropônica sim, e que se foda todos vocês.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Rapaz Sóbrio

putas negras e brancas valem a mesma merda
bem-vindo a orgia do marginal esquecido da favela.
espero que você curta o pesadelo que vou proporcionar
veja aquelas cadelas executando o apaixonado pelo ar.
esfumaçado entre o ódio é mó abafado.
o sol derrete os fudidos em São Bernardo
amargura em suas veias e coca na defesa
pulando o cérebro e as batidas com certeza.
jurou que gostava mas com a escuridão
sobrou apenas a porra da infecção.
elas se divertem, bom divertimento viu?
cadelas são as mesmas de Abril a Abril
despedaçado como o Rodrigo e o barulho do trovão
um verde pra acabar a rima, e um transplante de coração.

e eu não me importo de estar alto
o único problema é a acrofobia que me deixa um covarde.
pulando de gado em gado, não sobra coração
putas fudidas são a minha benção.
você e eu, te darei um presente
sem recents? não é o que eu quero pra gente.
você irá queimar como a ponta que machucou meu lábio
cabaço, um fósforo seria bem mais fácil.
mas a teimosia em pequenas coisas mostra como eu sou.
não tenho fé nas pessoas, só no Cristo Redentor.
São Pedro não gosta muito de mim
fodendo meus rolês começando pelo fim.

Puta gordas, putas magras
são a mesma porra de merda desleixadas.
eu sou feio, sem desgosto
sou apenas um maldito monstro.
futuro estranho no sexo, distante e muito complexo
agora que ela goza, eu mando ela pro inferno.
pra ser apenas mais uma vagabunda esquecida.
diz que não tava ligada, mentira, que porra ela sabia!
respeito pessoas de bem, bem, eu não sou ninguém.
que se foda o sabor do fim e o remorso de alguém.
uma bomba de buceta pra todos e pra mim
é o que nos convém.
explodir o mundo com o melhor que tem.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Sofá

parecia um final feliz enfim
distante do que tentei esconder aqui
consciência pesada e escura como o coração da porra fajuta
as coisas começaram a mudar quando deram esperança as mentiras
ou você aceita ou despedaça o molde da última tentativa.
álcool como saída, fato comprovado
de que o meu sêmen matará todos afogados.
não me surpreendo se surgirem inimigos
serão os últimos a pagar, terão todos assistido
a queda do Rei dourado que só enxerga a libído.
e um mosquito irritando quem nunca havia desistido.
verme maldito, pregando ódio no coração dos esquecidos.
lamento pelas feridas que não cicatrizam...
vermes são vermes, e a mente dos fracos os habitam.
esmagando e controlando os otários arrombados
que deixaram a porra da humildade de lado, viado.

olha como ela engole a porra dele
como o dinheiro, contaminando putas por um banquete.
ou, eu to ligado que vocês todos vão apodrecer por dentro
como a unha do GD no ano novo, triturada ao vento.
tento não me importar mas não aguento
as mentiras que você conta me corroem por dentro.
então eu sento e observo você rebolar na cadeira
comida grátis, um lanche de puta mas bem feia.
tenta esquecer mas não aguenta
digo isso por experiência própria, ódio não se inventa.
revolução perdida só lamenta
um gênio estuprado, sangue e whisky no beiral.
guarda a cabeça no freezer e liga no Jornal Nacional.
alienação no alienígena-terráqueo que se fudeu.
mas a bondade refletiu no céu.
impossível dormir nesse calor
mente voa, pensamentos de ódio por amor.
ser sincero não é defeito
se sinceridade te machuca, foda-se você, agora entendeu direito...
comecei a odiar as pessoas quando passei a conhece-las realmente
e vocês filhos da puta se julgam decentes?
que se foda, palavra de honra vale mais que tudo...
e por minha causa vagabundos vão ficar de luto.
entrarei na mente e destruirei os vermes...
vermes, pornografia e cicatriz na epiderme.
eu sei, o mundo talvez não seja assim
mas vocês fracos nunca farão parte de mim.

Quack

sempre foi mais esperto, podia ser alguém. quem eu?
achando que uma conversão era a melhor solução, ateu
viciados usando cola pra consertar o otimismo
deixado de lado, invicto entre pedras que fazem do mundo um lugar menos sofrido.
enlouquecendo com a cadela que continua com o Johnnie
Walker caminhando por um monte de estrume
a fé antes admirada agora se afoga num mar de porra
e o salva-vidas, overdose e raiva de boca em boca.
ouviu um pedido de socorro
agora vai, tenta a sorte de engolir o sêmen do cachorro.
cuspindo pedaços da dignidade e necrofilia
já teve o mundo, agora só restou a brisa.
maldita falta de informação
ignorantes fodem sua mente com o sermão.
serviu um banquete de buceta, preta como o carvão
queimou igual a Luana e a reputação.
viados e putas fodendo com um doce olhar...
manda essa vagabunda parar de arrastar.

sempre foi fodido com um gênio errante
trocou seus sonhos de criança por diamantes.
arrombado, agora flerta com o Tio Patinhas na imaginação...
foda-se ele, essa dívida não é minha não.
com o mundo acabando, a guerra por paz vira uma ilusão.
esquartejando mentirosas e gasolinas, odeio camisinhas por manipulação...
doente e torto, sou um maldito cirurgião.
ousadia frita a mente da estagnação mantida
deixando os reis destruirem a porra da sua vida.
um monte de lixo e animais em decomposição
bem-vindo a terra, onde o homem de lata era o mais feliz.
agora o Velho Barreiro é o que mantém assim.
Caído no meio fio, faltando um rim.
e um pedido de desculpas agora é tarde...
foda-se esse mundo do qual não faço parte.